Detenção em Salto e versão inicial
O influenciador Thiago Schutz, conhecido nas redes como Calvo do Campari, foi detido em flagrante na manhã de sábado, 29, em Salto (SP), após denúncia de agressões à companheira. A vítima, identificada pela apuração como Lais Angeli Gamarra, de 30 anos, recebeu atendimento médico e, segundo relatos encaminhados à redação, permanecia em estado de choque.
Imagens e testemunhos — mencionados no material original disponibilizado à reportagem — teriam registrado parte das agressões que motivaram a prisão em flagrante. A Polícia Civil da cidade confirmou a ocorrência e informou que a prisão foi formalizada com base em representação e sinais visíveis de lesão na vítima no momento do atendimento.
Curadoria e checagem editorial
De acordo com a apuração compilada pela redação do Noticioso360, há diferenças importantes entre o material fornecido inicialmente e a ausência de ampla cobertura em veículos nacionais sobre todos os detalhes do caso. A checagem incluiu cruzamento de informações disponíveis publicamente e contato com fontes locais.
Posicionamentos contraditórios
Após a detenção, a defesa do influenciador enviou nota alegando que existem versões conflitantes sobre a dinâmica dos fatos. Segundo a defesa, imagens e relatos teriam sido interpretados fora de contexto. Por outro lado, agentes que atenderam a ocorrência relataram aos canais oficiais que havia indícios de agressão no local.
Não foi possível, até o fechamento desta reportagem, localizar em portais de grande circulação notas que detalhem a sequência processual após a audiência de custódia, como eventual imposição de medidas protetivas, qualificação definitiva da denúncia ou outras medidas cautelares. Isso não exclui a existência de boletim de ocorrência e investigação em andamento junto às autoridades de Salto.
O que se sabe sobre a audiência e a liberdade provisória
Fontes que disponibilizaram informação à redação relatam que Thiago Schutz foi colocado em audiência de custódia e liberado em caráter provisório. Documentos oficiais relativos à audiência não foram disponibilizados ao público nem encaminhados à redação até o momento.
Em termos práticos, a liberdade provisória após audiência é procedimento previsto no Código de Processo Penal e pode ocorrer por diversos motivos, incluindo a avaliação do juiz sobre riscos ou necessidade de medidas cautelares alternativas. No caso de crimes enquadrados pela Lei Maria da Penha, como possível hipótese aqui, juízes podem decretar medidas protetivas mesmo quando concedida liberdade provisória.
Vítima e assistência
Segundo relatos compilados pela nossa equipe, a vítima recebeu atendimento emergencial e permanece sob acompanhamento. Até o presente momento, não houve pronunciação pública formal de Lais Angeli Gamarra em veículos ou redes que tenha sido verificada pela reportagem.
A legislação brasileira prevê mecanismos de proteção para pessoas em situação de violência doméstica, incluindo medidas urgentes a pedido da vítima ou do Ministério Público. A orientação da redação é acompanhar a formalização de pedido de medidas protetivas e eventual representação criminal, caso seja confirmada a versão de agressão.
Imagens, testemunhas e a cautela editorial
O material original indicou a existência de vídeos que registrariam parte das agressões. A redação do Noticioso360 orienta cautela na reprodução de imagens sem contexto: a divulgação irrestrita pode ferir a privacidade da vítima e comprometer a integridade do processo investigatório.
Testemunhas ouvidas por fontes locais teriam fornecido relatos que, em conjunto com registros visuais, motivaram a ação policial. A verificação desses elementos em documentos oficiais — boletim de ocorrência e laudos médicos — é necessária para consolidar a narrativa e evitar conclusões antecipadas.
Aspectos legais e possíveis desdobramentos
Se confirmadas as agressões conforme relatadas, a conduta poderá ser enquadrada nas hipóteses de violência doméstica previstas na Lei Maria da Penha, com possibilidade de medidas protetivas de urgência, oferecimento de denúncia pelo Ministério Público e abertura de inquérito policial.
Especialistas em direito ouvidos em apurações anteriores explicam que a instauração de inquérito depende da formalização do boletim de ocorrência e das provas iniciais reunidas pela polícia. A concessão de liberdade provisória não impede o prosseguimento da investigação criminal nem o ajuizamento de medidas cíveis ou criminais subsequentes.
O que a redação recomenda acompanhar
A equipe editorial recomenda monitorar o registro do boletim de ocorrência e os despachos da Polícia Civil de Salto, além da consulta ao processo judicial correspondente para confirmar eventuais medidas cautelares e a qualificação final das condutas. A obtenção de documentos oficiais e transcrições de audiência é passo essencial para a completa verificação dos fatos.
Também é aconselhável evitar a circulação de trechos de vídeos ou imagens sem contexto e sem autorização das partes, preservando a privacidade da vítima e o direito ao devido processo legal.
Contato com as partes
A defesa do influenciador apresentou posicionamento à redação alegando divergências nas narrativas. A polícia local confirmou a formalização da prisão em flagrante. A vítima, por sua vez, não teve declaração pública verificada até o fechamento desta matéria.
O Noticioso360 seguirá em busca de documentos oficiais e ouvirá todas as partes envolvidas para atualizar a apuração com pautas e provas que surgirem nas próximas horas e dias.