Resumo do caso
O tenente da Polícia Militar Henrique Velozo, apontado como autor dos disparos que resultaram na morte do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo em agosto de 2022, teria sido liberado do presídio militar Romão Gomes na madrugada de sábado (15), segundo material encaminhado ao Noticioso360.
A notícia sobre a soltura e o suposto acolhimento da tese de legítima defesa pelo tribunal do júri consta no conjunto de informações recebidas pela redação. Contudo, há lacunas documentais que impedem a confirmação plena dos fatos — em especial a íntegra do acórdão ou a ata do julgamento.
O que apuramos
De acordo com levantamento do Noticioso360, que cruzou informações de veículos nacionais e internacionais, a narrativa principal aponta que o júri teria considerado improcedente a ação penal contra Velozo, acolhendo a linha de defesa de que houve reação a uma ameaça à integridade física.
O crime ocorreu em agosto de 2022, em São Paulo, durante uma confraternização. Na ocasião, reportagens daquele período descreveram uma discussão inicial seguida da intervenção de agentes presentes e, posteriormente, dos disparos que atingiram Lo.
Curadoria editorial
Segundo análise da redação do Noticioso360, as informações levantadas indicam que houve um julgamento de mérito cujo resultado teria sido favorável à tese defensiva. No entanto, sem o acesso a documentos oficiais do processo, a redação mantém cautela sobre a forma e o alcance da decisão.
Detalhes do julgamento e pontos pendentes
Fontes encaminhadas ao Noticioso360 sugerem que a maioria dos jurados aceitou a argumentação de legítima defesa. A defesa do tenente sustentou que ele reagiu a uma ameaça iminente, enquanto a acusação apresentou a versão de homicídio decorrente de conduta injustificada.
Não tivemos acesso ao acórdão, à ata de sessão ou a eventual sentença escrita. Isso impede a verificação de pontos cruciais, como:
- quantidade exata de jurados favoráveis à tese defensiva;
- fundamentos detalhados apresentados por jurados em plenário;
- existência de votos vencidos ou justificativas individuais;
- se a liberdade decorreu de decisão absolutória, relaxamento de prisão provisória ou outra medida processual.
O que difere de reportagens anteriores
Reportagens publicadas em 2022 sobre a morte de Leandro Lo destacaram o impacto na comunidade do jiu-jitsu e registraram incertezas periciais nos estágios iniciais da investigação.
Por outro lado, a alegação de soltura com base em decisão do júri exige documentação comprobatória. A ausência desses documentos nas peças recebidas até o momento torna a versão parcial e sujeita a confirmação.
Como a apuração foi feita
O Noticioso360 cruzou material recebido com reportagens públicas de veículos que entrevistaram testemunhas e cobriram o caso desde 2022. Também pedimos checagens internas e revisão dos trechos factuais antes da publicação desta matéria.
Recomendações e próximos passos de apuração
Para consolidar a versão definitiva é necessário obter documentos oficiais, como:
- ata do julgamento do júri;
- acórdão ou sentença por escrito;
- comunicado formal do Tribunal competente ou da Secretaria de Administração Penitenciária;
- manifestações do Ministério Público e da própria defesa do tenente.
Recomendamos pedido de certidões ao juízo militar responsável, requisição de peças processuais quando cabível por lei de acesso, e contato com as partes envolvidas — defesa do militar e familiares de Leandro Lo — para ouvir posicionamentos oficiais.
Repercussão e contexto
O caso segue sensível e de grande repercussão pública, especialmente entre comunidades do esporte e de direitos civis. Decisões envolvendo policiais em serviço ou em circunstâncias de confronto costumam gerar debates sobre segurança, uso progressivo da força e garantias processuais.
Além disso, a eventual aceitação da tese de legítima defesa em um júri pode provocar questionamentos sobre padrões de avaliação de provas e critérios adotados por jurados em situações de confronto.
Limitações desta matéria
A redação não teve acesso direto a peças processuais essenciais, como termo de audiência ou acórdão. Assim, mantemos a notícia como provisória até que documentos públicos ou comunicações oficiais confirmem a versão recebida.
Conclusão provisória
A informação de que o tenente Henrique Velozo foi solto e que o júri teria acolhido a tese de legítima defesa consta no material fornecido ao Noticioso360. Entretanto, é imprescindível a apresentação de certidões ou decisões oficiais para transformar a narrativa em fato plenamente verificado.
Projeção
Se confirmada por documentos oficiais, a decisão do júri pode influenciar debates sobre processos envolvendo agentes de segurança e elevar a exigência de transparência em julgamentos que envolvem condenação ou absolvição de militares. Observadores jurídicos prevêem que a repercussão poderá levar a questionamentos sobre recursos e eventuais medidas do Ministério Público.
Fontes
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Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.
Analistas apontam que o desfecho deste caso pode recalibrar discussões sobre julgamentos de agentes de segurança nos próximos meses.

