Metanol: 7ª vítima em SP é jovem encontrado morto

Metanol: 7ª vítima em SP é jovem encontrado morto

Churrasco em setembro passa a ser foco de investigação sobre metanol

Uma investigação da polícia de São Paulo apura ao menos sete vítimas de intoxicação por metanol relacionadas ao consumo de bebida em um churrasco realizado em setembro. Entre os óbitos está um jovem encontrado sem sinais vitais em sua casa, cuja morte é tratada como a sétima ligada ao caso.

Segundo apuração da redação do Noticioso360, com base em relatos de familiares, fontes policiais e dados preliminares de perícia, as vítimas apresentaram sintomas compatíveis com intoxicação por metanol — náuseas, dor de cabeça, visão turva e depressão respiratória — antes da deterioração clínica.

O que a polícia apura

Delegados da delegacia responsável pelo caso afirmaram que o inquérito busca estabelecer a cadeia de custódia das amostras, a origem da bebida consumida e eventuais responsabilidades penais. “Não podemos apontar culpados antes do resultado dos laudos toxicológicos”, disse um delegado que acompanha o caso.

Equipes do Instituto de Criminalística recolheram amostras de fluidos e possíveis restos de recipientes no local do evento e em unidades de saúde onde algumas vítimas foram atendidas. A investigação também envolve oitivas de familiares, vizinhos e participantes do churrasco.

Vítimas e relatos

Fontes policiais e familiares relataram que o jovem encontrado morto teria passado mal em sua residência e sido localizado sem vida. A companheira dele também apresentou quadro semelhante e morreu horas depois no hospital. Outros convidados apresentaram sintomas e alguns permanecem internados.

Moradores da região relataram apreensão e cobraram respostas rápidas das autoridades locais. A possibilidade de que a bebida consumida tenha sido adulterada ou produzida de forma artesanal com presença de metanol será uma das linhas investigadas.

A evidência toxicológica

Peritos ouvidos pelo Noticioso360 explicaram que o metanol é um álcool tóxico: ingestão pode levar à falência múltipla de órgãos, cegueira e morte. Exames laboratoriais específicos são necessários para detectar a presença do composto em amostras biológicas.

Os laudos toxicológicos podem levar dias para ficar prontos. Em investigações semelhantes, resultados conclusivos têm sido determinantes para configurar ocorrência como crime doloso, culposo ou até para afastarem relação causal, dependendo das provas.

Tratamento e urgência clínica

Especialistas em toxicologia consultados pela reportagem lembraram que o tratamento da intoxicação por metanol exige diagnóstico rápido, administração de antídotos (como etanol ou fomepizol) e suporte intensivo. O tempo até o início da terapia é fator crítico para evitar sequelas permanentes.

Em áreas com acesso tardio a atendimento hospitalar, o risco de desfecho desfavorável aumenta, por isso autoridades de saúde locais foram notificadas e orientaram a população a procurar assistência diante de sintomas súbitos após consumo de bebidas alcoólicas.

Aspecto criminal e procedimentos

No âmbito policial, o inquérito avaliará se houve venda, partilha ou disponibilização de bebida adulterada. Caso confirmada a presença de metanol e o nexo causal com as mortes, responsáveis podem responder por crimes que variam conforme a conduta identificada — desde homicídio até crimes contra a saúde pública.

Delegados explicaram à reportagem que a abertura de investigação não significa acusação automática; cabe ao processo probatório, com perícias e laudos, formar convicção sobre eventuais imputações.

Impacto comunitário e prevenção

Vizinhos e familiares relataram que o caso acelerou pedidos por campanhas de orientação sobre consumo seguro e verificação de procedência de bebidas. Especialistas ouvidos sugerem medidas como identificação de rótulos, evitar recipientes sem selos e priorizar produtos inspecionados por órgãos sanitários.

Além disso, autoridades sanitárias locais foram comunicadas e podem emitir recomendações preventivas enquanto a investigação avança.

Curadoria e consistência das informações

A apuração do Noticioso360 confrontou dados divulgados em boletins policiais, relatos familiares e informações de perícia. Houve consistência na descrição básica — mortes relacionadas ao consumo de bebida após um churrasco —, embora registre-se variação nas contagens de vítimas e prazos entre fontes.

Por cautela técnica, a redação ressalta que os laudos toxicológicos e o inquérito policial serão determinantes para confirmar a presença de metanol e a relação causal com os óbitos.

O que muda daqui para frente

Enquanto o inquérito corre, a investigação poderá resultar em medidas administrativas e criminais. Se confirmada adulteração, além de responsabilizações individuais, pode haver reflexos em fiscalização de produtoras e comerciantes locais.

O caso também tende a ampliar a discussão sobre qualidade e fiscalização de bebidas artesanais e comércio informal, e a reavivar campanhas de orientação à população sobre sinais de intoxicação e condutas preventivas.

Próximos passos e demanda por transparência

Autoridades prometeram agilizar liberação dos laudos toxicológicos e manter interlocução com familiares das vítimas. A redação do Noticioso360 seguirá solicitando acesso aos documentos oficiais e ouvirá a delegacia responsável, a perícia e as unidades de saúde envolvidas para atualizações.

Fontes

Veja mais

Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.

Perspectiva: Especialistas e autoridades afirmam que a conclusão dos laudos poderá orientar mudanças em fiscalização e campanhas de prevenção nos próximos meses.

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