Polícia Federal cumpre mandados contra grupo suspeito de fraudes em saques do FGTS de atletas.

Polícia Federal cumpre mandados contra grupo suspeito de fraudes em saques do FGTS de atletas.

Operação mira suspeitos de saque irregular de contas do FGTS de jogadores

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de quinta-feira (13), uma operação contra um grupo investigado por fraudes em saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em nome de atletas e ex-atletas de futebol.

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços apontados pela investigação e identificaram movimentações financeiras consideradas atípicas nas contas vinculadas ao FGTS dos envolvidos.

Como funcionava o suposto esquema

Segundo as reportagens consultadas, o esquema teria usado documentos falsos e contas de terceiros — conhecidas como “laranjas” — para sacar ou transferir recursos das contas dos atletas.

Relatórios preliminares apontam para transferências eletrônicas a pessoas físicas sem ligação aparente com os titulares das contas, além de comprovantes e contratos que agora são objeto de perícia.

Ramificações e atuação interestadual

As apurações indicam que o grupo investigado atuava em mais de um estado, com uma estrutura que permitia o repasse e a lavagem dos valores retirados.

Fontes ouvidas pelas reportagens descrevem uma organização com divisões de função: um núcleo responsável pela falsificação de documentos, outro pela identificação de contas com saldo elevado e um terceiro pelo escoamento dos valores.

Vítimas citadas e valor estimado do prejuízo

Em matérias publicadas sobre o caso, nomes de jogadores e técnicos foram citados como vítimas. Entre eles aparecem Gabriel Jesus, Ramires, Felipão, Oswaldo de Oliveira, Obina, Paolo Guerrero e Christian Cueva.

De acordo com levantamento do Noticioso360, que cruzou informações das reportagens do G1 e da Reuters, o prejuízo estimado nas publicações supera a marca de R$ 7 milhões. Há, entretanto, variação entre as fontes quanto ao montante exato.

Importante atenção às informações

A presença do nome de um atleta ou técnico em uma investigação não equivale a comprovação de culpa. Fontes policiais ouvidas em off ressaltaram que a investigação ainda está em curso e que a divulgação de nomes muitas vezes reflete indícios ou ocorrências em andamento.

Em alguns casos, gestores de carreira e escritórios de representantes aparecem nas apurações como possíveis vetores de informação que permitiram o acesso a documentos ou movimentações.

Procedimentos em curso e medidas judiciais

O processo tramita sob sigilo e a Polícia Federal pode requerer novas medidas cautelares nos próximos dias. Perícias financeiras e documentais foram solicitadas para confirmar a autenticidade de comprovantes e contratos relacionados às transações.

Advogados de alguns dos citados informaram às redações que estão colaborando com as investigações e aguardam a conclusão das perícias para manifestação formal.

O que a PF relatou

Em nota oficial, a Polícia Federal confirmou o cumprimento de mandados e disse que a investigação apura a prática de fraudes contra o FGTS envolvendo atletas. A corporação não divulgou, até o momento, uma lista pública completa com todos os nomes ou o montante final dos prejuízos.

Curadoria e cruzamento de dados

A apuração do Noticioso360, com base nas reportagens do G1 e da Reuters, cruzou listas e trechos públicos das investigações para distinguir o que está confirmado por documentos e o que foi mencionado nas matérias jornalísticas.

Onde houver confirmação documental, o texto deixa explícito. Em outros trechos, a menção serve para mapear relatos e identificar possíveis afetados, sempre com a ressalva de que a investigação ainda não foi concluída.

Implicações para as vítimas

Atletas e ex-atletas podem enfrentar prejuízos financeiros e necessidade de iniciar processos administrativos e judiciais para ressarcimento. A identificação de saques indevidos no FGTS costuma exigir perícia bancária e declaração formal por parte do beneficiário.

Além disso, há impacto reputacional. Mesmo que as pessoas citadas sejam vítimas, a exposição pública pode exigir ações de comunicação e acompanhamento jurídico para resguardar direitos.

Responsabilidade de clubes e agentes

Em alguns casos, clubes, escritórios de representação e gestores de carreira terão de colaborar com a investigação para esclarecer eventual utilização indevida de documentos ou informações pessoais.

Fontes consultadas indicam que o uso de terceiros para movimentar recursos é uma estratégia recorrente em fraudes que envolvem contas com saldo significativo.

Próximos passos da apuração

As perícias financeiras e a análise dos documentos deverão apontar a extensão do esquema e confirmar a participação de eventuais intermediários.

Possivelmente, a PF pedirá novas diligências e, dependendo dos resultados das perícias, poderá solicitar medidas cautelares mais duras, como bloqueio de bens e solicitações de indiciamento.

Impacto e contexto

O caso expõe fragilidades no sistema de proteção de recursos vinculados ao FGTS e a vulnerabilidade de figuras públicas a fraudes — em especial quando suas contas apresentam saldos relevantes.

Especialistas ouvidos nas reportagens destacam a necessidade de ampliação de controles e de campanhas de orientação para titulares de contas sobre segurança documental.

Fontes

Veja mais

Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.

Analistas apontam que o movimento pode redefinir a fiscalização sobre recursos vinculados ao FGTS e influenciar ações de controle nos próximos meses.

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