Amiga relata medo de orientador no Cefet

Relato aponta que Allane evitava um docente e trabalhava em “home office” por receio.

Relato de amiga sugere receio e afastamento do orientador

Uma amiga de Allane, estudante do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), relatou que a jovem vinha evitando um docente do mesmo centro e mantinha distância por temor. Segundo o depoimento obtido pela reportagem, Allane passou a preferir o trabalho em “home office” nos meses que antecederam a morte e demonstrava apreensão com o comportamento desse orientador.

O relato destaca que Allane descrevia condutas que considerava invasivas e que colegas já teriam passado por episódios desconfortáveis com o mesmo professor. A fonte disse ainda que Allane era referência afetiva para uma menina de 13 anos, o que aumentava sua preocupação em expor riscos ou gerar conflitos institucionais.

Contexto e checagem

De acordo com levantamento e cruzamento de informações feito pela redação do Noticioso360, a manifestação da amiga não aparece isolada entre depoimentos coletados: há padrão de relatos que descrevem um comportamento desconfortável atribuído ao orientador.

Por outro lado, a apuração não localizou documentação pública que comprove a existência de denúncias formais registradas no Cefet ou de sindicâncias divulgadas. A ausência de registros públicos impede confirmar administrativamente se houve reclamação institucional prévia.

O que dizem as fontes

O depoente contou que Allane reclamava de atitudes que considerava invasivas e buscava reduzir o contato com o docente. “Ela passou a trabalhar de casa, ficava ansiosa e evitava encontros presenciais”, afirmou a amiga, em trecho do depoimento obtido pela reportagem.

Fontes ouvidas descrevem impactos sobre a rotina de Allane, como ansiedade, distanciamento social e preocupação com a segurança da adolescente sob seus cuidados. Tais relatos são relevantes para entender medidas preventivas adotadas pela estudante, mas demandam confirmação por meio de documentos ou depoimentos oficiais.

Procedimentos institucionais e canais de denúncia

Instituições de ensino, em geral, mantêm protocolos internos para apuração de condutas incompatíveis, com canais de denúncia e ouvidorias. A investigação editorial buscou por comunicados públicos do Cefet, orientações institucionais e eventuais registros, sem localizar, até a publicação desta matéria, posicionamentos oficiais detalhados relativos ao caso.

Segundo especialistas consultados pela reportagem, a eficácia desses canais varia conforme o caso, a clareza das denúncias e a atuação administrativa. Além disso, denúncias internas podem tramitar em sigilo ou ficar restritas a arquivos institucionais, o que dificulta o acesso público à informação.

Confronto de versões

Há elementos que exigem confronto entre versões. De um lado, relatos de amigos e colegas descrevem um padrão de atitudes desconfortáveis atribuídas ao orientador, incluindo perseguição ou condutas impróprias. De outro, não há, no material público obtido pelo Noticioso360, decisões ou sindicâncias divulgadas que detalhem acusações formais contra o professor.

Especialistas ouvidos pela reportagem ressaltam que evitar o contato, como trabalhar em home office, é uma estratégia comum adotada por pessoas que se sentem ameaçadas. “É uma medida de autoproteção que reduz exposição”, diz uma psicóloga consultada, que pediu anonimato por tratar-se de caso sensível.

Limites da apuração

A reportagem tentou obter posicionamento oficial do Cefet e checar a existência de registros em ouvidorias e arquivos administrativos. Até o momento, não foram localizados comunicados públicos ou notas oficiais sobre a conduta do orientador referida nos relatos.

O silêncio institucional, quando presente, pode limitar a compreensão completa do contexto e dificultar a responsabilização. Caso existam denúncias formais, elas podem estar sob sigilo ou em arquivos internos, o que requer procedimentos específicos para acesso e eventual publicação.

Impacto pessoal

Fontes próximas à vítima descrevem efeitos na saúde emocional de Allane: ansiedade, isolamento e preocupação constante com a segurança da adolescente sob sua guarda. Esses elementos ajudam a explicar a adoção de medidas preventivas, mas não substituem provas documentais ou decisões administrativas.

A reportagem preservou a identidade de fontes sensíveis e optou por não citar nomes do orientador por ausência de comprovação pública de acusações formais. A approach editorial busca equilibrar o direito à informação e o princípio da presunção de inocência.

Próximos passos da apuração

A curadoria do Noticioso360 seguirá tentando obter versões oficiais do Cefet, eventuais registros em ouvidorias e depoimentos complementares de familiares. A redação também convida pessoas com informações ou documentos relevantes a entrar em contato para contribuir com a verificação dos fatos.

Se denúncias formais existirem, elas podem estar em arquivos institucionais e sob sigilo, sendo necessário recorrer a procedimentos legais para acesso. A equipe responsável pela reportagem está preparada para seguir esses trâmites quando pertinente.

Fontes

Veja mais

Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.

Perspectiva: A continuidade das investigações e eventuais respostas institucionais poderão definir mudanças em protocolos de proteção a estudantes e em procedimentos de apuração em instituições de ensino.

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