Sessão é interrompida após confronto entre deputados
Na noite de 23 de outubro, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) suspendeu a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que propõe retirar da Constituição estadual a exigência de referendo popular para a eventual privatização da Copasa.
A confusão ocorreu durante a discussão em plenário e contou com troca de provocações entre parlamentares, empurra-empurra e intervenção da segurança da Casa. Parte do público presente também gritou e houve manifestações em corredores do prédio, conforme reportagens locais e imagens que circularam nas redes sociais.
Apuração e curadoria
Segundo análise da redação do Noticioso360, cruzando informações do G1 e da CNN Brasil, o episódio reuniu parlamentares contrários e favoráveis à mudança constitucional, além de grupos externos que pressionavam a votação.
A apuração do Noticioso360 confirmou a data da suspensão (23 de outubro) e o número da proposta (PEC 24/2023), e identificou divergências entre veículos sobre a extensão e a natureza das agressões — enquanto alguns relatos falam em empurra-empurra, outros mencionam confrontos mais acalorados.
O que motivou o tumulto
O ponto central da disputa é a retirada da obrigatoriedade de referendo para decisões sobre a Copasa, empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em boa parte do estado. Deputados favoráveis argumentam que a alteração pode modernizar a governança e agilizar decisões administrativas.
Por outro lado, críticos da PEC sustentam que a mudança representa uma tentativa de reduzir a participação popular em decisão estratégica sobre um bem público estadual. A tensão aumentou quando, no plenário, uma deputada usou termos que provocaram reação imediata e acirraram o debate.
Momentos de tensão
Fontes consultadas relataram que a sessão já vinha com debates acalorados antes do ponto de ruptura. Testemunhas descrevem a sequência: palavras ríspidas entre parlamentares, aumento dos gritos, empurrões isolados e a entrada dos seguranças para separar os envolvidos.
Imagens divulgadas nas redes sociais e por veículos locais mostram pessoas empurrando-se nos bancos do plenário e conflitos nos corredores. Algumas publicações apontam para a participação de apoiadores organizados tanto a favor quanto contra a privatização, o que intensificou a polarização.
Reações e versões
Assessores de deputados favoráveis à PEC informaram à imprensa que a suspensão da votação foi uma medida temporária para restabelecer a ordem e que o processo seguirá conforme o regimento interno da ALMG. Houve também declarações de que a matéria será reexaminada pela Mesa Diretora para eventual reinclusão em pauta.
Já parlamentares contrários classificaram o episódio como reflexo de um processo político opinativo e ressaltaram a importância de manter canais de participação popular em decisões que envolvam patrimônio e serviços públicos. A defesa do referendo é apresentada pelos opositores como mecanismo de proteção ao interesse coletivo.
Impacto institucional
Analistas políticos ouvidos por meios locais afirmam que a suspensão expõe a delicadeza da tramitação de temas sensíveis, como privatizações, em ambientes legislativos polarizados. A movimentação das bancadas e a presença de público mobilizado reforçam a dimensão política e social do debate.
Por sua vez, do ponto de vista procedimental, a Mesa da ALMG tem a prerrogativa de suspender sessões para garantir a segurança e o cumprimento do regimento. A expectativa é que a Casa avalie o calendário e eventuais medidas de contenção antes de retomar a votação.
Possíveis desdobramentos
No curto prazo, é provável que a matéria volte a ser discutida em nova sessão ou que haja tentativa de acordo para redefinir pontos da proposta. A estratégia de obstrução por parte de opositores ou a busca por negociações conforme exigências de diálogo público são cenários plausíveis.
Dependendo do calendário legislativo e de cálculos políticos, a PEC pode ser reapresentada com alterações para acomodar exigências de transparência e participação, ou ainda ter sua tramitação retardada para evitar novos confrontos.
Contexto mais amplo
O episódio ilustra, em escala estadual, uma disputa recorrente no país sobre modelos de gestão de serviços públicos e o papel das decisões diretas da população. A discussão sobre a Copasa envolve tanto aspectos técnicos de governança quanto sensibilidades relativas ao controle social e à prestação de serviços essenciais.
A presença de mobilizações externas e o uso das redes sociais para pressionar o debate também apontam para um modelo de disputa política que extrapola o plenário e ganha espaço na arena pública digital.
Conclusão e perspectivas
A suspensão da votação demonstrou a fragilidade do ambiente deliberativo diante de temas polarizadores. A mídia local registrou versões diversas sobre a gravidade dos confrontos, e a assessoria da ALMG indicou que a interrupção visou preservar a ordem institucional.
O Noticioso360 continuará acompanhando a tramitação da PEC 24/2023, consultando documentos oficiais da ALMG e solicitando posicionamento das bancadas envolvidas, mantendo registro das comunicações oficiais e das versões apresentadas por veículos citados.
Analistas apontam que o movimento pode redefinir o cenário político nos próximos meses.
Fontes
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