Resumo
Ministros e integrantes do governo federal reclamaram diretamente ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), pela escolha do deputado Guilherme Derrite (PL-SP) como relator do chamado “PL antifacção” enviado pelo Executivo. Fontes ouvidas pela apuração dizem que a reação decorre da proximidade política do indicado e da preocupação com o encaminhamento do texto.
Segundo análise da redação do Noticioso360, com base em entrevistas e checagens em arquivos públicos, as reclamações ocorreram em conversas presenciais e trocas de mensagens entre líderes governistas e a Presidência da Câmara. As fontes pediram anonimato por não estarem autorizadas a falar publicamente.
O episódio e as versões
Conforme relatos obtidos, houve reunião presencial em que representantes do Executivo externaram insatisfação com a escolha do relator. Participantes descreveram o clima como de constrangimento e preocupação, sobretudo pela possibilidade de que a relatoria altere o ritmo e o teor do projeto, diminuindo pontos centrais defendidos pelo governo.
Por outro lado, interlocutores na Câmara destacam que a nomeação de relatores é prerrogativa do presidente da Casa e costuma obedecer a critérios de proporcionalidade partidária e acordos internos. Deputados próximos a Hugo Motta afirmaram que a escolha busca equilíbrio entre bancadas e que o processo terá rito técnico, com possibilidade de audiências públicas.
Mensagens, telefonemas e ausência de mudança formal
Assessorias consultadas confirmaram que houve trocas de mensagens e ligações entre gabinetes para tentar ajustar o encaminhamento do projeto. Até o fechamento desta edição, porém, não foi registrada substituição formal do relator nem despacho público da Mesa da Câmara sobre alteração de relatoria.
A inexistência de documentação pública oficial — como pedido protocolado de alteração de relatoria — levou a redação do Noticioso360 a marcar a diferença entre rumor e procedimento formal. Em termos práticos, reclamações internas não equivalem a decisão administrativa enquanto não houver registro na tramitação legislativa.
O teor das críticas
Fontes governistas relataram que a escolha por Derrite gerou temor de que o relatório esvazie pontos que o Executivo considera centrais à política de enfrentamento a facções. Entre os pontos de tensão estão regras sobre cooperação entre esferas de governo, limites a investigações e mudanças no modelo de atuação das forças de segurança.
Já no Legislativo, defensores da relatoria afirmam que o deputado tem condições técnicas e que o processo contará com debates que permitirão preservar o conteúdo essencial. A versão parlamentar enfatiza autonomia institucional e observância das normas regimentais.
Apuração e checagem
A reportagem cruzou relatos com buscas em portais e documentos públicos. Não foram encontrados despachos oficiais que confirmem substituição de relatoria nem comunicados conjuntos entre Executivo e Presidência da Câmara. A lacuna documental foi destacada aos leitores como limite da verificação.
Fontes que participaram das conversas foram ouvidas sob condição de anonimato para preservar vínculos institucionais. A redação checou ainda posições de assessorias de imprensa do Palácio do Planalto e da Câmara dos Deputados, que relembraram a competência do presidente da Casa para a indicação de relatores.
Impacto institucional
O caso revela tensão previsível quando o Executivo envia proposta sensível que toca em segurança pública e na organização do sistema de combate a facções. Em contextos assim, escolhas de relator costumam despertar consultas e reclamações entre ministérios e lideranças, justamente pela capacidade do relator de definir agendas e acionar audiências.
Operadores políticos alertam que, mesmo sem efeito imediato, a escolha pode influenciar o desenho final do texto: prazos de votação, escopo das audiências e inclusão de emendas são instrumentos que partidos e líderes usam para proteger ou modificar pontos estratégicos.
O que foi confirmado
Até o momento, a apuração do Noticioso360 confirma que houve reclamações do Executivo a Hugo Motta sobre a indicação de Guilherme Derrite como relator. No entanto, não há, publicamente, documento oficial que comprove alteração de relatoria ou determinação formal que modifique a situação registrada nos sistemas da Câmara.
Essa conclusão é provisória e sujeita a mudanças caso surjam despachos, pedidos formais de substituição ou publicações na pauta da Casa. Por isso, a matéria adota tom de acompanhamento e mantém aberta a possibilidade de atualização.
Próximos passos da apuração
A redação do Noticioso360 enviará pedidos formais de esclarecimento ao Palácio do Planalto, à liderança do governo na Câmara e ao gabinete de Hugo Motta. Também será monitorada a publicação de despachos da Mesa e a lista de relatores nos sistemas de tramitação legislativa para detectar qualquer alteração.
Além disso, serão acompanhadas iniciativas de líderes partidários que possam propor criação de comissão especial, pedido de vistas ou substituição formal da relatoria — medidas que, se adotadas, aparecem em registros públicos e mudanças procedimentais.
Fontes
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Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.
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