Cometa Lemmon cruza o céu do DF neste domingo

Cometa Lemmon cruza o céu do DF neste domingo

Passagem visível no fim de outubro

O cometa Lemmon (C/2025 A6) estará visível sobre o Distrito Federal e em áreas do Sudeste e Centro-Oeste na noite deste domingo (26/10), conforme relatos de observadores amadores e clubes de astronomia.

A passagem foi prevista após acompanhamento por equipes profissionais e amadoras desde a descoberta do corpo em janeiro deste ano. Observadores registraram a presença de uma cauda com tom esverdeado e afirmaram que, em locais com pouca poluição luminosa, a visão a olho nu é possível.

De acordo com dados compilados pelo Noticioso360, que cruzou informações do G1, da Agência Brasil e do Clube de Astronomia de Brasília, as condições mais favoráveis para ver o cometa são locais elevados e com horizonte oeste ou sudoeste desobstruído nas primeiras horas da noite.

Por que a cauda parece verde?

Especialistas consultados pelas fontes explicam que a tonalidade esverdeada observada na cauda é compatível com a presença de moléculas como o carbono diatômico (C2) e outras substâncias que fluorescem quando excitadas pela radiação solar.

“A coloração não é incomum em cometas ativos; indicadores como C2 e CN são frequentes e conferem esse tom quando sublimados perto do Sol”, disse um membro do Clube de Astronomia de Brasília em relato à imprensa local.

Brilho e estimativas variáveis

Há variação nas projeções sobre a magnitude do cometa entre diferentes análises. Enquanto algumas reportagens indicam visibilidade a olho nu em condições ideais, outras ressaltam que o uso de binóculos ou pequenas lunetas aumenta muito as chances de observação.

Essas diferenças decorrem, principalmente, da sensibilidade local à luz e das últimas medidas fotométricas, que podem ser atualizadas com novas observações nas próximas horas e dias.

Como e quando observar

Para aumentar as chances de ver o Lemmon, a recomendação é escolher um ponto escuro com horizonte desobstruído para o oeste ou sudoeste logo após o anoitecer.

Adeque-se a um período de adaptação dos olhos à escuridão por 15 a 20 minutos. Em áreas urbanas, a vantagem é levar binóculos 7×50 ou 10×50; em locais rurais, a visão direta pode ser suficiente.

Evite olhar para fontes de luz próximas, como postes e fachadas iluminadas, e prefira locais elevados — mirantes, as margens de parques e pontos com baixa iluminação são os mais indicados.

Dicas práticas

  • Procure o horizonte oeste/sudoeste logo após o pôr do sol;
  • Permita 15–20 minutos para a adaptação dos olhos à escuridão;
  • Use binóculos 7×50 ou 10×50 para aumentar definição da cauda;
  • Fotógrafos podem usar lentes grandes-angulares com ISO alto e exposições de 5–20 segundos em tripé;
  • Cheque a previsão do tempo local: céu limpo é essencial.

Relatos locais e verificação

Relatos e imagens compartilhadas por clubes de astronomia e observadores amadores ajudaram a confirmar a data da observação principal (26/10). Não foram encontrados, até o momento, indícios confiáveis de fragmentação do núcleo ou mudanças abruptas de brilho que alterem significativamente a visibilidade prevista.

A comunidade científica amadora costuma publicar fotos e medições nas horas seguintes a passagens próximas; esses dados ajudam a refinar projeções de trajetória e brilho. A curadoria do Noticioso360 conferiu materiais e confirma a convergência das fontes apontadas sobre a janela de observação.

Observação por região

No Distrito Federal, o Clube de Astronomia de Brasília indica que o cometa deve surgir próximo ao horizonte nas primeiras horas da noite, ganhando altura nas noites seguintes, o que facilita a captura por quem buscar locais altos e pouco iluminados.

No Sudeste e em partes do Centro-Oeste, observadores rurais e frequentadores de parques naturais relatam condições semelhantes. Em grandes centros urbanos, a observação a olho nu é mais limitada, mas equipamentos óticos simples ampliam muito a visibilidade.

O que esperar nas próximas noites

As estimativas de brilho ainda podem variar conforme novas medições fotométricas, por isso é provável que observadores continuem a publicar ajustes nas próximas horas e dias. Caso o cometa apresente aumento de brilho, a visibilidade poderá se estender e facilitar registros em áreas urbanas.

Para interessados em monitoramento contínuo, recomenda-se seguir atualizações de clubes locais, observatórios e agências oficiais que consolidam medições astronômicas.

Impacto e curiosidade científica

Passagens como a do cometa Lemmon são oportunidades para públicos amadores e preparados observarem processos de sublimação e emissão de gás e poeira que revelam composição do núcleo.

Além do interesse estético, as observações colaborativas podem contribuir para bases de dados científicas, auxiliando na modelagem de trajetórias e na compreensão da atividade cometária.

Fontes

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