Tempestade provoca estragos em várias regiões de Santa Catarina
Uma forte tempestade atingiu o estado de Santa Catarina entre domingo (23) e segunda-feira (24), deixando um rastro de alagamentos, deslizamentos e danos à infraestrutura em ao menos 25 municípios. Relatos locais e imagens de municípios mais afetados mostram ruas tomadas pela água, quedas de árvores e residências com infiltrações.
Segundo levantamento oficial da Defesa Civil de Santa Catarina, foram registrados 113 pessoas desalojadas, oito desabrigadas e 361 residências afetadas nas primeiras 24 a 48 horas após a passagem da tempestade. As autoridades municipais informaram interrupções em estradas, pontos de alagamento que impossibilitaram o tráfego em horários de maior movimento e trabalhos emergenciais das equipes municipais e voluntárias.
De acordo com dados compilados e curadoria da redação do Noticioso360, que cruzou números da Defesa Civil estadual, reportagens do G1 e da Agência Brasil, há variações nas contagens divulgadas por cada fonte, mas o quadro geral indica impacto significativo em áreas urbanas e rurais do estado.
Impactos imediatos e respostas das autoridades
Prefeituras locais declararam situação de emergência em áreas mais afetadas e acionaram plantões da Defesa Civil municipal. Em várias cidades, equipes atuaram na remoção de moradores de áreas de risco e na distribuição de insumos básicos, como colchões e mantas.
“Nossa prioridade é garantir o abrigo e o atendimento às famílias mais vulneráveis”, disse um representante municipal em comunicado. Em paralelo, as concessionárias de energia trabalharam para restabelecer o fornecimento de forma gradual, em trechos onde foi possível realizar a manutenção com segurança.
Transporte e infraestrutura
Relatos apontam que trechos de rodovias ficaram bloqueados por quedas de barreiras e árvores. Isso afetou o tráfego local e sobrecarregou rotas alternativas, aumentando o tempo de deslocamento e dificultando o acesso das equipes de socorro a pontos críticos.
Além disso, pontos de alagamento em áreas urbanas bloquearam avenidas e impediam a passagem de veículos leves, gerando transtornos também para o transporte público. Em muitos casos, a circulação só foi retomada após a retirada de detritos e intervenções emergenciais das prefeituras.
Consequências para moradias e famílias
Das 361 residências registradas como afetadas, parte sofreu danos estruturais e infiltrações severas, exigindo avaliações técnicas para confirmar se são habitáveis. As 113 pessoas desalojadas foram encaminhadas a abrigos temporários ou receberam apoio da assistência social.
Há relatos de famílias que perderam móveis e pertences, e que agora dependem de doações e da atuação das gestões municipais. A Defesa Civil estadual coordenou a transferência de suprimentos básicos e orientou moradores sobre medidas de segurança, como evitar áreas alagadas e não retornar a casas com risco estrutural antes de perícia.
Saúde e assistência social
Postos de saúde e serviços de assistência social foram mobilizados para atender as demandas emergenciais, como atendimento a feridos, apoio psicológico e registro das famílias para programas de assistência. Em razão das condições das vias, o atendimento em algumas localidades foi realizado de forma itinerante ou por equipes descentralizadas.
Causas e análises técnicas
Uma análise técnica preliminar indica que a combinação de chuva intensa em curto período, solo já saturado em algumas regiões e fatores orográficos favoreceu a ocorrência de deslizamentos e alagamentos. Especialistas lembram, contudo, que a confirmação das causas locais depende de laudos técnicos específicos e do levantamento de dados pluviométricos detalhados.
As equipes de fiscalização realizam vistoria para mapear áreas de risco e apontar prioridades de recuperação. Em curto prazo, o foco é garantir segurança e abrigo; em médio prazo, será necessária avaliação das estruturas atingidas e planejamento de ações preventivas.
Diferenças nas apurações e transparência dos números
A apuração do Noticioso360 consolida as informações disponíveis e aponta diferenças nas versões veiculadas por veículos locais e agências. Algumas reportagens enfatizaram depoimentos de moradores e imagens de municípios mais atingidos, enquanto boletins oficiais adotaram recortes por tipo de impacto (desabrigados, desalojados, residências afetadas).
É comum, nas primeiras 48 horas, que números sejam atualizados à medida que novas vistorias em campo são concluídas. Por isso, as autoridades estaduais e municipais mantêm equipes em campo para revisar registros e corrigir inconsistências.
Medidas emergenciais e prioridades
Entre as ações imediatas estão o restabelecimento de serviços essenciais, remoção de entulhos e bloqueios de vias, e a garantia de acessibilidade a abrigos e centros de apoio. A Defesa Civil orienta que moradores mantenham documentos e procurem os postos de atendimento locais para cadastro e recebimento de ajuda.
Por outro lado, autoridades destacam a necessidade de avaliações estruturais das residências e do sistema de drenagem urbana para reduzir riscos futuros. Investimentos em obras de contenção e melhoria do manejo de águas pluviais aparecem como medidas prioritárias em médio e longo prazo.
O que esperar nas próximas semanas
Espera-se que os números oficiais continuem sendo atualizados conforme avançam as vistorias e ações de assistência. A previsão de recuperação das áreas mais afetadas depende da combinação entre obras emergenciais, apoio estadual e federal, e mobilização da sociedade civil e de organizações voluntárias.
Analistas locais alertam para o potencial de eventos similares em períodos de chuva intensa, sobretudo em áreas com solos já saturados. A recomendação é reforçar o monitoramento de encostas e a comunicação preventiva com comunidades em áreas de risco.
Fontes
Veja mais
- Decreto estadual permite avanço de série se aluno cumprir programa de recuperação paralelo.
- Declaração atribuída ao presidente do BC não foi encontrada em fontes oficiais; apuração explica possíveis interpretações.
- Relatório aponta que crise nos Correios reduziu margem de contenção de gastos em R$4,4 bi.
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