Remo terá maiores deslocamentos na Série A de 2026

Único clube do Norte na Série A, Remo deve somar as maiores distâncias de viagem.

Remo e a geografia como adversária

O Clube do Remo desembarca na Série A de 2026 como o único representante da Região Norte, o que tende a transformar a logística de viagens em um dos principais desafios da equipe ao longo da temporada.

Segundo análise da redação do Noticioso360, que cruzou coordenadas geográficas, rotas aéreas e relatos de dirigentes, a localização de Belém e a concentração de clubes no Sudeste e Sul resultam em trajetos aéreos mais longos e frequentes.

Como foi feita a estimativa

A apuração combinou dados de cidades-sede, horários e rotas de voos comerciais habitualmente usados por clubes brasileiros. Consideramos também declarações públicas de dirigentes e técnicos sobre planejamento de viagens nas temporadas anteriores.

Foram usados como referência bancos de dados de aeroportos e rotas domésticas, além de levantamento de rotas diretas e conexões mais comuns entre Belém e capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília.

Limitações metodológicas

Há, porém, limites nas conclusões. A CBF ainda não divulgou o calendário oficial completo de 2026 no momento desta apuração, o que impede a identificação de itinerários exatos. Por isso as estimativas priorizam tendência e escala de deslocamentos, não números definitivos.

Impactos esportivos e financeiros

Deslocamentos mais longos têm efeitos duplos. Financeiramente, elevam custos com passagens, conexões, pernoites e logística — itens sensíveis a clubes com receitas mais limitadas.

Do ponto de vista esportivo, há evidências de que viagens prolongadas e várias conexões amplificam fadiga e aumentam risco de queda de desempenho. Estudos sobre jet lag e recuperação apontam influência mesmo em voos curtos dentro do mesmo fuso horário, quando há acúmulo ao longo da temporada.

Repercussão entre dirigentes

Fontes internas do clube admitem preocupação, mas destacam planejamento. “Estamos trabalhando para reduzir impacto com parcerias e janelas maiores entre treinos e partidas”, disse um dirigente, em condição de anonimato.

Por outro lado, analistas independentes ressaltam que, além da logística, o clube precisará de elenco mais profundo para suportar desgaste físico e eventual perda de rendimento em partidas seguidas de longas viagens.

Casos práticos: rotas e pernoites

Confrontos contra adversários do Centro-Oeste e Sudeste costumam exigir conexões e pernoites, ampliando tempo total de deslocamento. Mesmo partidas contra rivais do Nordeste e Norte, quando ocorrem, são insuficientes para compensar a carga de viagens em 38 rodadas.

Rotas diretas entre Belém e cidades do Sul ou Sudeste são raras; na prática, a maioria dos voos envolve conexões em hubs como Brasília ou Belém–Fortaleza–São Paulo, conforme relatado por auxiliares de planejamento de clubes.

Recomendações práticas

Para mitigar impactos, a apuração sugere medidas concretas:

  • Negociar blocos de voos com menos conexões e janelas de embarque mais favoráveis;
  • Programar janelas maiores entre treinos e partidas em deslocamentos longos para otimizar recuperação;
  • Firmar acordos com centros de treinamento em cidades-base para quando houver sequências de jogos fora;
  • Priorizar logística de sono e alimentação; contratar equipe de preparação física com foco em viagens.

Divergências e transparência na apuração

Há divergências entre relatos de dirigentes, que destacam o planejamento e parcerias já em curso, e alertas de especialistas sobre a escala de viagens como fator competitivo. A cobertura do Noticioso360 privilegia a apresentação simultânea desses pontos e explicita as limitações metodológicas.

Nesta matéria listamos fontes e métodos usados nas estimativas e destacamos a necessidade de atualização após a divulgação do calendário oficial pela CBF e de informações logísticas do próprio clube.

Projeção e cenário para 2026

A combinação entre posição geográfica de Belém e a distribuição dos clubes na elite coloca o Remo em posição de potencial maior desgaste logístico. Se o calendário confirmar confrontos longos concentrados em sequência, o efeito sobre desempenho e orçamento será concreto.

Analistas consultados pelo Noticioso360 apontam que políticas de mitigação — como planejamento de viagens, reforço de elenco e parcerias logísticas — serão decisivas para preservar competitividade.

Fontes

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