Em 10 de junho de 2022, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu o mercado ao anunciar uma nova tarifa de 100% sobre determinados produtos importados da China. Essa medida vem se somar às tarifas já existentes, que estavam fixadas em 30% para os mesmos itens.
Os produtos afetados são variados e incluem muitos itens manufaturados chineses, especialmente das indústrias de tecnologia e eletrônicos. O objetivo oficial dessa escalada tarifária foi responder a disputas comerciais antigas, que envolvem, entre outros pontos, questões de propriedade intelectual e práticas comerciais justas.
O anúncio causou repercussão imediata nos mercados globais, provocando quedas significativas em bolsas de valores, pelo receio dos investidores diante da intensificação da guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais. A expectativa é de que a medida eleve custos de produção e resulte em aumento de preços para o consumidor final.
Vale recordar que as tensões comerciais entre EUA e China já vêm de longa data. Desde 2018, durante o governo Trump, várias tarifas foram impostas mutuamente, afetando centenas de bilhões de dólares em comércio bilateral. A tarifa inicial de 30% já representava um duro golpe para as relações comerciais, e o novo imposto de 100% dobra esse percentual.
A decisão afeta profundamente as cadeias globais de suprimento, uma vez que muitas empresas americanas dependem de componentes fabricados na China. O encarecimento desses insumos pode impactar setores como manufatura, tecnologia e exportações eletrônicas.
Além disso, o anúncio foi feito em um contexto delicado, após anos de negociações e retaliações entre as duas potências, que envolveram inclusive organismos internacionais. A resposta oficial da China expressou preocupação, mas detalhes sobre possíveis represálias não foram divulgados na ocasião.
Historicamente, disputas tarifárias globais mostram que medidas desse tipo tendem a provocar reações em cadeia, afetando o crescimento econômico mundial. Exemplos similares aconteceram nas guerras comerciais entre EUA e União Europeia, quando tarifas elevadas desencadearam negociações longas e reformas de políticas comerciais.
Para as empresas e investidores, o aumento das tarifas é um sinal para reavaliar estratégias comerciais e buscar alternativas para minimizar riscos. O futuro das negociações comerciais entre EUA e China permanece incerto, com possíveis impactos duradouros na economia global.
Fontes:
InfoMoney