Como pagar na Black Friday
Quase seis em cada dez consumidores brasileiros (58%) dizem que pretendem usar cartão de débito ou crédito nas compras da Black Friday, aponta levantamento que motivou esta apuração. Ao mesmo tempo, 45% citam o Pix como opção, enquanto 26% mencionam dinheiro e 4% apontam boleto.
Os números refletem escolhas que passam por praticidade, necessidade de parcelamento e percepção de risco. Segundo análise da redação do Noticioso360, com base em reportagens da Reuters e apurações locais, a preferência pelo cartão está associada ao acesso a prazos e mecanismos de contestação que o consumidor não tem em transferências instantâneas.
Por que o cartão ainda lidera
Especialistas consultados pela reportagem afirmam que o cartão de crédito continua sendo a alternativa para compras de maior valor por oferecer possibilidade de parcelamento e proteção em caso de fraude. “O cartão de crédito é buscado por quem precisa de prazo e por quem valoriza meios de contestação de cobranças indevidas”, diz um economista especializado em finanças pessoais.
Além disso, administradoras oferecem políticas de estorno e chargeback, ferramentas importantes quando há entrega atrasada, produto diferente do anunciado ou fraude. Por isso, em compras com valor elevado ou em marketplaces de grande circulação, o cartão costuma ser a escolha preferida.
Parcelamento e promoções
As ofertas de parcelamento sem juros que proliferam na Black Friday atraem consumidores que desejam acesso imediato a bens de maior valor sem comprometer a liquidez. No entanto, especialistas alertam: avaliar o custo total da compra e possíveis juros é essencial para não comprometer o orçamento.
O avanço do Pix
O Pix aparece como alternativa crescente por sua agilidade e pela ausência de taxas em transferências entre pessoas físicas. Para compras rápidas e transferência imediata de valores, muitos consumidores têm optado pelo sistema instantâneo.
Por outro lado, a natureza irreversível das transferências exige atenção. Embora o sistema tenha evoluído em prevenção a fraudes, o usuário precisa checar o recebedor antes de confirmar o pagamento: verificar nome, CNPJ e credenciais do vendedor são práticas recomendadas.
Riscos e prevenção
“O Pix é prático, mas a reversão é limitada; por isso é importante confirmar informações do recebedor e preferir páginas oficiais de lojas”, alerta uma especialista em segurança digital. Autenticação em duas etapas, uso de aplicativos oficiais e verificação de reputação do vendedor reduzem riscos.
Boleto e dinheiro: alternativas com limites
O boleto pode ser opção para quem evita cartão e aplicativos, mas perde em praticidade. O prazo entre emissão e compensação deixa o comprador sem garantia imediata de reserva do produto, o que pode ser crítico em promoções com estoque reduzido.
O pagamento em dinheiro evita intermediários digitais e juros, mas limita compras ao saldo disponível e pode impedir acesso a promoções que exigem cartão. Para compras presenciais, o dinheiro ainda é utilizado, mas tem se tornado menos frequente em grandes operações online.
Como escolher: segurança e controle financeiro
Consumidores que priorizam controle financeiro tendem a preferir débito ou Pix, por permitirem acompanhamento instantâneo do saldo. Já quem busca descontos e parcelamento costuma optar pelo crédito.
Especialistas orientam avaliar o objetivo da compra: valor total, possibilidade de parcelar sem juros, políticas de devolução e garantia. “Conferir as condições de pagamento e simular o custo final são passos essenciais antes de fechar a compra”, recomenda um consultor financeiro.
Checklist prático antes de pagar
- Verificar reputação do vendedor e avaliação de outros consumidores.
- Conferir CNPJ e nome do recebedor antes de transferir via Pix.
- Preferir cartão em compras de valor elevado por proteção adicional.
- Evitar links recebidos por redes sociais; acessar sempre o site oficial da loja.
- Manter aplicativos bancários e antivírus atualizados.
A visão das fontes e o cruzamento de dados
De acordo com levantamento do Noticioso360, que cruzou informações de G1 e Reuters e analisou recortes do Datafolha, as diferenças entre veículos se explicam pelo recorte editorial: alguns destacam o avanço estrutural do Pix, outros enfatizam o peso do cartão de crédito na Black Friday por causa do parcelamento.
O cruzamento das informações ajuda a entender que a escolha do consumidor é multifatorial: não existe um método universalmente melhor, mas o mais adequado ao perfil e à operação desejada.
Recomendações finais para a Black Friday
Para reduzir riscos, a orientação prática é usar meios que ofereçam maior proteção jurídica, conferir a reputação do vendedor antes da compra, evitar promoções acessadas por links desconhecidos e manter ferramentas de segurança digital atualizadas.
Em compras presenciais, prefira terminais seguros e pagamentos por aproximação (contactless) quando disponíveis. E, sempre que possível, guarde comprovantes e registros das transações.

