Henrique e Juliano no topo do streaming nacional
Relatórios preliminares e matérias publicadas por veículos generalistas apontam que a dupla sertaneja Henrique e Juliano foi a mais ouvida no Spotify Brasil em 2025.
O levantamento, amplamente replicado pela imprensa, atribui à dupla um volume de reproduções acumuladas ao longo do ano que varia entre 3 bilhões e 3,5 bilhões de streams, conforme as versões encontradas nas reportagens consultadas.
Apuração e curadoria
Segundo análise da redação do Noticioso360, houve consistência na narrativa sobre a liderança da dupla, mas diferenças nas cifras reportadas e na ausência de um link direto para um relatório público consolidado do Spotify.
A apuração desta reportagem teve três focos principais: confirmar a posição da dupla no ranking nacional do Spotify em 2025; estimar o volume total de streams atribuído a Henrique e Juliano; e verificar se a liderança representa repetição do primeiro lugar em relação a 2024.
O que as fontes mostram
Em várias matérias consultadas, os números são apresentados sem referência clara ao documento primário. Algumas reportagens citam mais de 3 bilhões de reproduções, enquanto outras indicam cifras próximas a 3,5 bilhões. Fontes oficiais do Spotify costumam divulgar relatórios detalhados — como o Wrapped anual — que funcionam como o padrão de verificação, mas, ao fechar esta matéria, não foi localizado um arquivo público único do Spotify que consolidasse todas as métricas de 2025.
Diferenças metodológicas que importam
Há distinções relevantes entre metodologias usadas para contabilizar plays. Por um lado, alguns levantamentos contabilizam apenas streams realizados dentro do Brasil; por outro, há reportagens que podem estar se referindo ao desempenho global de artistas brasileiros, o que altera substancialmente a interpretação dos números.
Além disso, números divulgados por gravadoras ou por assessorias de artistas nem sempre seguem o mesmo critério de arredondamento ou de período de apuração. Essa variabilidade reforça a necessidade de acesso ao relatório oficial do Spotify para 2025 para um cotejo definitivo.
Comparação com 2024
Pesquisas em arquivos de 2024 indicam que Henrique e Juliano já figuravam entre os artistas mais ouvidos no país naquele ano. No entanto, a confirmação de que a dupla foi campeã em 2024 e que repetiu o topo em 2025 depende do cruzamento direto com as notas oficiais do Spotify e com registros de publicações de 2024.
Sem esse cotejo, a conclusão sobre sequência anual permanece plausível, mas não totalmente confirmada.
Reações e contexto do mercado
Fontes do mercado musical ouvidas em reportagens anteriores destacam que o sertanejo continua a dominar o consumo no Brasil, impulsionado por lançamentos, playlists populares e agendas de shows intensas.
Além disso, a presença consistente de Henrique e Juliano em playlists editoriais e automáticas do Spotify contribui para a retenção de ouvintes e para números acumulados elevados ao longo do ano.
Por que a confirmação oficial é necessária
Relatórios oficiais do Spotify (como comunicados no newsroom e o Wrapped) reúnem métricas consolidadas, definindo período de análise e critérios de contabilização. Sem esse registro, o trabalho de checagem depende de matizes e recortes adotados por cada veículo.
O Noticioso360 encontrou menções a cifras elevadas em diferentes publicações, mas em muitos casos os textos não incluíam link direto para a fonte primária (relatório do Spotify, nota da gravadora ou declaração oficial dos artistas), motivo pelo qual a informação foi classificada como plausível, porém pendente de confirmação final.
O que esperar adiante
Se confirmada oficialmente, a liderança de Henrique e Juliano no Spotify Brasil em 2025 reafirmaria a força do sertanejo no ecossistema de streaming e poderia influenciar estratégias de mercado, como roteiros de turnê, investimentos em merchandising e parcerias de marca.
Por outro lado, a divulgação dos números consolidados do Spotify permitirá análises mais finas, como o peso de lançamentos pontuais, o desempenho por playlists e a comparação com o consumo de outros mercados musicais.

