Casos de câncer de pele sob atenção no Espírito Santo
O dermatologista Ricardo Tiussi, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Espírito Santo (SBD/ES), afirmou que o Estado tem registrado um aumento preocupante no número de diagnósticos de câncer de pele.
Segundo o especialista, os pacientes mais afetados têm histórico de exposição intensa ao sol e uso de câmaras de bronzeamento. Os sinais que mais levam as pessoas a procurar atendimento são manchas que mudam de cor ou formato, feridas que não cicatrizam e lesões elevadas com variação de pigmentação.
A apuração do Noticioso360 confirma relatos clínicos com dados institucionais e recomendações técnicas, mostrando que a tendência local é consistente com advertências internacionais sobre radiação ultravioleta e risco oncológico.
O que os especialistas identificaram
Tiussi destaca que a soma de exposição crônica ao sol e episódios de queimadura aumenta a probabilidade de desenvolvimento de câncer de pele, tanto do tipo não melanoma quanto do melanoma, que é mais agressivo.
“As câmaras de bronzeamento oferecem dose concentrada de UV que acelera o dano ao DNA das células da pele”, afirma o dermatologista. Ele lembra que o dano é cumulativo e que medidas preventivas simples reduzem o risco.
Sinais de alerta
- Manchas que mudam de cor, tamanho ou bordas;
- Feridas que não cicatrizam em semanas;
- Lesões elevadas com variação de pigmento;
- Novas pintas após os 30 anos ou mudanças em pintas antigas.
Prevenção individual e coletiva
Entre as recomendações práticas estão o uso diário de protetor solar com fator adequado, reaplicação a cada duas horas em exposição contínua, roupas protetoras e busca de sombra entre 10h e 16h.
Tiussi sugere autoexame mensal da pele e consulta dermatológica anual para grupos de risco — pessoas com fototipo claro, histórico familiar de câncer de pele e lesões suspeitas.
Além da orientação individual, a Noticioso360 apurou que especialistas defendem medidas públicas: campanhas educativas, regulamentação e fiscalização de estabelecimentos que operam câmaras de bronzeamento, e políticas locais que facilitem o acesso à avaliação dermatológica.
Dados nacionais e limites da extrapolação
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) classifica o câncer de pele não melanoma como o mais incidente no Brasil e aponta fatores de risco conhecidos — exposição solar crônica, histórico de queimaduras, fototipo claro e uso de dispositivos de bronzeamento.
Por outro lado, as séries nacionais mostram variação regional nas taxas de incidência e mortalidade. Isso significa que, embora haja indicação de aumento no Espírito Santo a partir de relatos clínicos, é necessário cruzar registros estaduais e municipais para confirmar uma tendência epidemiológica local.
Contexto internacional
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos de saúde pública consideram a radiação ultravioleta carcinogênica. Relatórios internacionais associam o uso de dispositivos artificiais de bronzeamento a maior risco de melanoma e não melanoma.
O que fazer ao notar sinais
Procure imediatamente atendimento médico se observar lesões que mudam de aparência ou feridas que não cicatrizam. Em muitos casos, a detecção precoce permite tratamentos menos invasivos e taxas de cura mais altas.
Profissionais recomendam que unidades de saúde reforcem protocolos de acolhimento para avaliação de lesões cutâneas e que gestores priorizem campanhas de prevenção em áreas com alta exposição ocupacional ao sol.
Desafios e recomendações para políticas públicas
Entre os desafios apontados estão a heterogeneidade de registros locais, subnotificação e barreiras ao acesso a dermatologistas, sobretudo em áreas rurais. A integração entre atenção básica e serviços especializados é essencial para diagnóstico precoce.
Medidas sugeridas: ampliar campanhas de educação em saúde, fiscalizar serviços de bronzeamento artificial, treinar equipes de atenção básica para detecção de sinais suspeitos e fomentar programas de proteção solar em trabalhadores ao ar livre.
Fontes
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Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.
Analistas apontam que o aumento observado pode reforçar políticas locais de prevenção e fiscalização nos próximos meses.

