Diálogo técnico e político marca encontro sobre o PL Antifacção
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reuniu-se na noite de 17 de novembro de 2025 com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do projeto de lei apelidado de PL Antifacção.
Segundo a ministra, não há, até o momento, um acordo fechado para levar a versão do texto que vinha circulando entre parlamentares à votação em plenário. Fontes consultadas relataram divergências sobre pontos centrais da proposta.
Apuração e curadoria
De acordo com apuração e curadoria da redação do Noticioso360, que cruzou relatórios de bastidores e comunicados oficiais, a principal discordância recai sobre dispositivos que tratam de definição de crimes associados a manifestações e mecanismos de investigação.
O que se discutiu no encontro
Fontes institucionais ouvidas pela reportagem descrevem a reunião como de caráter técnico-político. Entre os temas levantados estiveram: como definir atos criminosos em contexto de protestos; os limites das atribuições de investigação; e dispositivos que podem ampliar a responsabilização de agentes.
Parlamentares que acompanham as negociações, sob condição de anonimato, relataram resistência de bancadas a trechos considerados vagos ou com potencial de violar garantias constitucionais. Por outro lado, interlocutores de grupos que defendem o projeto afirmam que a proposta busca dar ferramentas legais para coibir ações de milícias e grupos armados que atentem contra a ordem pública.
O impasse sobre o texto atribuído ao consultor
Fontes ouvidas indicam insatisfação do governo com uma versão do texto atribuída a um consultor identificado pela imprensa como “Derrite”. O encaminhamento daquela redação não teria reunido apoio suficiente entre líderes partidários, o que motivou a aproximação direta da ministra com o presidente da Câmara.
Segundo a apuração do Noticioso360, a circulação desse rascunho provocou reação de diferentes bancadas, que pediram maiores esclarecimentos sobre definições e escopo de medidas punitivas.
Impactos institucionais e caminhos possíveis
Sem consenso, o PL pode ficar fora da ordem do dia ou ser adiado para análise em comissões temáticas. Uma alternativa discutida por líderes é a apresentação de um substitutivo que tente acomodar demandas de diversas bancadas.
Outra saída em debate é a criação de uma comissão especial com prazo definido para examinar o projeto, o que permitiria auditar cada dispositivo, colher pareceres jurídicos e ouvir especialistas em segurança pública, direitos humanos e ciência política.
Reações e narrativa pública
Na esfera pública, diferentes narrativas surgiram: reportagens confirmaram a reunião e a declaração de Gleisi sobre a ausência de acordo, enquanto matérias de bastidores destacaram a negociação em curso por ajustes que atraiam votos.
A equipe ministerial e interlocutores do Congresso confirmaram que a reunião teve tom de articulação e que continuará havendo conversas para buscar um texto que respeite limites constitucionais sem enfraquecer a capacidade do Estado de combater grupos armados organizados.
Riscos e debates jurídicos
Juristas consultados por parlamentares apontam que termos vagos em propostas penais e de segurança podem ensejar interpretações amplas, com risco de abuso. Defensores do projeto afirmam que a redação busca criar instrumentos adequados para atuação das autoridades diante de grupos que promovem violência organizada.
O equilíbrio entre proteção da ordem pública e preservação de direitos fundamentais é central no debate. Conforme assessorias, a intenção é evitar que medidas atinjam manifestações legítimas e garantam a atuação dentro de parâmetros legais.
Próximos passos na tramitação
Fontes ouvidas afirmam que a articulação política vai continuar nas próximas semanas, com interlocuções entre líderes, o governo e setores da sociedade civil. A Câmara pode optar por priorizar a discussão em comissões antes de incluir o texto em plenário.
Se um substitutivo for apresentado, ele poderá redefinir pontos sensíveis e facilitar a construção de maioria. Caso as divergências persistam, o projeto pode ser fatiado ou aperfeiçoado em etapas, reduzindo pontos de conflito.
Contexto mais amplo
O PL surge em contexto de preocupação com ações de milícias e grupos armados que desafiam autoridades locais em algumas regiões. Para o governo, a proposta é apresentada como mecanismo de enfrentamento a essa realidade. Para críticos, há necessidade de maior precisão técnica e garantia de salvaguardas constitucionais.
A apuração do Noticioso360 manteve rigor na verificação de nomes, local e data do encontro, cruzando declarações públicas com relatos de bastidores e comunicados encaminhados a parlamentares.
Fontes
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Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.
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