Cargueiro Spiridon II permanece há cerca de dois meses ancorado com quase 2.900 bovinos.

Cargueiro Spiridon II permanece há cerca de dois meses ancorado com quase 2.900 bovinos.

Navio segue ancorado fora do porto de Bandirma

O cargueiro Spiridon II permanece ancorado fora do porto de Bandirma, na Turquia, há cerca de dois meses, transportando aproximadamente 2.900 cabeças de gado, segundo relatos da imprensa internacional e fontes portuárias. Moradores da região e organizações de bem-estar animal relataram odor forte e casos de animais mortos a bordo, o que motivou atenção local e internacional.

Segundo análise da redação do Noticioso360, com base em informações obtidas pela Reuters e pela BBC Brasil, há divergências sobre a cronologia dos fatos e sobre quem é responsável pelas decisões que impediram o acesso ao cais.

O que se sabe até agora

Fontes oficiais turcas consultadas pelas agências afirmam que a entrada do navio foi negada por motivos sanitários e por irregularidades na documentação de exportação. Em comunicados, autoridades portuárias dizem seguir protocolos veterinários e que qualquer desembarque depende de inspeções técnicas e de autorização formal.

Por outro lado, representantes do armador têm apontado que houve problemas administrativos e receios relacionados a medidas de quarentena no país receptor, o que teria levado os operadores a recusar o atracamento. Negociações entre o proprietário do navio, operadores e autoridades turcas foram registradas, mas sem solução definitiva até o momento.

Condições a bordo e relatos locais

Organizações de proteção animal e moradores próximos ao porto relataram agravamento das condições a bordo, com animais doentes, mortes e acúmulo de dejetos. Veterinários consultados em reportagens sublinharam que viagens prolongadas, especialmente com animais prenhes, exigem manejo específico, ventilação adequada e suprimento constante de água e ração.

“Transporte prolongado sem instalações apropriadas aumenta mortalidade e sofrimento”, disse, em entrevista à agência, um especialista veterinário que pediu anonimato. Há preocupação também com o risco sanitário para a população local, devido ao manejo inadequado de resíduos e à possibilidade de surtos.

Aspectos jurídicos e responsabilidades

Advogados especializados em transporte marítimo ouvidos pela imprensa explicam que a responsabilidade em casos como este costuma ser compartilhada entre o país de origem, o armador e o país de destino. A legislação internacional prevê protocolos de controle sanitário e a necessidade de documentação completa para exportação de animais.

Quando há disputa entre operadores e autoridades, decisões judiciais podem ser acionadas, e protocolos de quarentena podem impedir o desembarque até que inspeções independentes confirmem condições seguras para os animais e para o público.

Opções em análise

Entre as alternativas discutidas estão: autorização de desembarque com quarentena em instalações aprovadas pela autoridade sanitária turca; retorno do navio ao porto de origem; ou encaminhamento a um porto alternativo que aceite a carga. Cada solução tem implicações logísticas e econômicas significativas, e pode exigir ações emergenciais para manejo dos animais enfermos.

Transparência e checagens independentes

O Noticioso360 identificou lacunas em informações públicas sobre medidas concretas adotadas pelo armador e sobre a posição exata do navio nas águas turcas. A falta de dados abertos dificulta checagens independentes e avaliação técnica sobre o estado real dos animais e dos riscos ambientais.

Especialistas ouvidos por veículos internacionais recomendam inspeções independentes e maior transparência por parte das partes envolvidas. “Inspeções imparciais e divulgação de relatórios são essenciais para garantir a segurança sanitária e o bem-estar animal”, afirmou um consultor em epidemiologia animal em reportagem citada pelas agências.

Impactos locais

Moradores relatam mau cheiro e preocupação com a qualidade do ar e da água nas proximidades do porto de Bandirma. ONGs locais alertam para possíveis impactos ambientais caso subprodutos do transporte sejam descartados de forma inadequada.

Autoridades portuárias sustentam que estão aplicando protocolos previstos na legislação turca e que quaisquer medidas adicionais serão comunicadas após inspeção veterinária. Enquanto isso, operadores e autoridades continuam em diálogo para encontrar uma solução que atenda às exigências sanitárias.

Entrevistas e documentos

A redação do Noticioso360 solicitou cópias de relatórios de inspeção e posicionamento do armador. Até a publicação desta matéria, não obtivemos documentação completa que esclareça todas as etapas administrativas e sanitárias que motivaram a recusa de atracamento.

Agências internacionais publicaram entrevistas e notas oficiais sobre o caso: a Reuters trouxe relatos das comunicações entre autoridades e armador, e a BBC Brasil reportou as condições a bordo e o impacto local. Ambas as publicações registram divergências de versão entre autoridades e operadores marítimos.

Medidas recomendadas por especialistas

Veterinários e especialistas em transporte animal ouvidos por meios internacionais recomendam ações imediatas para reduzir sofrimento: avaliações sanitárias rápidas, priorização de animais com sinais de doença, suprimento emergencial de água e alimentos e, quando possível, autorização de desembarque em instalações de quarentena aprovadas.

Além disso, assessores jurídicos consultados explicam que boa documentação de exportação e comunicação transparente entre estados exportador e importador podem acelerar a resolução do impasse.

O que vem a seguir

O desfecho do caso depende de decisões técnicas e administrativas das autoridades turcas e da capacidade do armador de apresentar documentação que atenda às exigências sanitárias. A possibilidade de encaminhamento a um porto alternativo também está em avaliação, segundo as fontes consultadas pelas agências.

O Noticioso360 seguirá acompanhando o caso, buscando acesso a comunicados oficiais, documentos do armador e manifestações de ONGs locais para atualizar esta reportagem com informações verificáveis.

Fontes

Veja mais

Conteúdo verificado e editado pela Redação do Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.

Analistas apontam que a gestão do caso e as decisões sobre protocolos sanitários podem influenciar próximas regras e práticas comerciais para transporte internacional de animais.

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