Brasileiro deportado some após deixar UPA em Confins

Brasileiro deportado some após deixar UPA em Confins

Desaparecimento após retorno ao Brasil

Um homem identificado como Iago Queiroz Costa, de 32 anos, foi considerado desaparecido depois de deixar, sem comunicação formal, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo relatos de familiares e registros públicos, Iago havia chegado ao país em um voo de retorno dos Estados Unidos em outubro e necessitou de atendimento médico imediato ao desembarcar.

De acordo com a apuração preliminar, o paciente recebeu atendimento na unidade de saúde local e saiu do local por conta própria. Até o fechamento desta reportagem, não havia confirmação pública sobre seu paradeiro.

Apuração e curadoria

Segundo levantamento e curadoria da redação do Noticioso360, que cruzou depoimentos de familiares, registros da UPA e boletins de ocorrência, há divergências sobre horários de admissão e saída. As anotações internas da unidade não registraram uma alta formal, o que complica a reconstrução dos fatos.

Relatos da família

Parentes informaram que Iago apresentava fragilidade após o retorno ao Brasil e que o último contato foi breve. “Ele não parecia estar bem”, disse um familiar, em fala concedida a veículos locais. Familiares afirmaram também não ter sido avisados quando o paciente deixou a UPA, o que levou à comunicação à polícia e à declaração de desaparecimento.

Versão da unidade de saúde

A Prefeitura de Confins confirmou o atendimento na UPA, mas há diferenças nas versões quanto ao horário exato da saída e às circunstâncias que motivaram a saída do paciente. Em nota, gestores indicaram que procedimentos internos de registro e notificação foram acionados e que eventual atendimento emergencial posterior seria comunicado às autoridades competentes.

Ações das autoridades

A Polícia Civil de Minas Gerais foi acionada para investigar o desaparecimento, conforme registros públicos consultados. Equipes da corporação fizeram o registro do caso e iniciaram buscas administrativas, pedindo verificação de entradas em hospitais, abrigos e unidades de saúde da região.

Reportagens locais acompanharam os trâmites iniciais na delegacia e destacaram a solicitação de checagem em instituições vizinhas. Até o momento, não há confirmação de envolvimento de terceiros ou indício de crime relacionado ao caso, segundo fontes oficiais.

Contexto das deportações e acolhimento

O caso de Iago insere-se em um contexto mais amplo sobre a logística de retorno e o acolhimento de pessoas deportadas. Organizações da sociedade civil consultadas pelo Noticioso360 destacaram que a transição costuma ser delicada e, muitas vezes, marcada por vulnerabilidades — especialmente quando a pessoa retorna sem rede de apoio.

Movimentos de apoio a migrantes relataram que deportados recém-chegados podem enfrentar dificuldades imediatas de saúde e acesso a serviços básicos, o que aumenta o risco de perda de contato com familiares ou de situações de vulnerabilidade social.

Falhas nos registros e lacunas investigativas

A investigação jornalística apontou inconsistências importantes: anotações de admissão com horários divergentes, ausência de registro formal de alta médica e relatos familiares contraditórios sobre o último contato telefônico. Essas falhas prejudicam a reconstrução cronológica dos fatos e indicam fragilidades na comunicação entre serviços de saúde, polícia e redes de acolhimento.

Especialistas ouvidos destacam que a documentação padronizada e a comunicação interinstitucional são fundamentais para a proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade, inclusive as que retornam de processos migratórios.

O que se sabe e o que falta esclarecer

Confirmou-se que Iago desembarcou em Confins, passou por atendimento emergencial na UPA e deixou a unidade por iniciativa própria. A Polícia Civil investiga o desaparecimento, a Prefeitura de Confins foi acionada para prestar apoio e familiares pedem celeridade nas buscas.

No entanto, persistem questões sem resposta: o horário exato da saída, o motivo pelo qual não houve alta formal, se houve atendimento posterior em outro serviço de saúde e se o estado de saúde do paciente exigia acompanhamento específico após o retorno ao país.

Próximos passos das investigações

As autoridades informaram que checagens em hospitais e abrigos da região serão mantidas, além da verificação de registros de entrada em municípios vizinhos. A Polícia Civil segue com as diligências e o setor de assistência social da Prefeitura de Confins foi acionado para mapear possíveis acolhimentos.

Familiares e organizações de apoio pedem maior transparência nos registros médicos e administrativos que envolvem pessoas retornadas de regimes migratórios, e requerem que protocolos de recebimento e acompanhamento sejam revistos para evitar novos casos semelhantes.

Recomendações jornalísticas

O Noticioso360 recomenda acompanhamento contínuo do caso, com verificação sistemática de entradas em hospitais, abrigos e registros policiais de municípios vizinhos. Também sugere a checagem dos procedimentos adotados pelas autoridades responsáveis pelo recebimento de deportados, a fim de identificar lacunas no acolhimento e na comunicação interinstitucional.

Fontes

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