Acidente com ônibus na BR-423 em Pernambuco mata 17

Colisão e resgate na Serra dos Ventos

De acordo com levantamento do Noticioso360, que cruzou dados da Reuters, BBC e Agência Brasil, a redação confirmou o total de 17 mortos em um acidente envolvendo um ônibus na BR-423 e compilou informações oficiais sobre socorro e investigação.

Um ônibus que retornava de Santa Cruz do Capibaribe tombou na BR-423, em um trecho conhecido como Serra dos Ventos, entre os municípios de Paranatama e Saloá, no Agreste de Pernambuco. Autoridades informaram que 17 pessoas morreram no acidente e várias outras ficaram feridas.

Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para o local ainda na madrugada. Ambulâncias de municípios vizinhos e hospitais regionais receberam os feridos, cujos quadros variaram de traumas leves a lesões graves.

Segundo boletins iniciais da PRF, o trecho é sinuoso e de declives acentuados, o que dificultou as operações de salvamento e o encaminhamento dos pacientes aos serviços de saúde.

Apurações em curso

Conforme informações reunidas pela reportagem, a Polícia Civil de Pernambuco abriu inquérito para apurar as causas do tombamento. Peritos foram acionados para realizar exames no local, analisar marcas de frenagem, pontos de impacto e a condição técnica do veículo.

Além da perícia técnica, a investigação considera relatos de testemunhas e o depoimento de passageiros que sobreviveram. Fontes consultadas indicam que alguns ocupantes foram projetados para fora do ônibus no momento do tombamento, o que pode ter contribuído para o alto número de vítimas.

Autoridades evitaram, até o momento, apontar uma causa única. A apuração oficial deverá avaliar fatores como velocidade do veículo, condições da pista, freios, manutenção do ônibus e eventual erro humano do motorista.

Relatórios preliminares da PRF e levantamentos locais serão cruzados com as análises periciais para compor o laudo técnico que justificará eventuais responsabilizações civis ou criminais.

Cenário da via e logística de socorro

Testemunhas relataram à imprensa cenas de grande comoção e dificuldades logísticas no atendimento aos feridos, por causa da geometria da via e pelo número expressivo de vítimas. Moradores da região afirmaram que o trecho, conhecido como Serra dos Ventos, tem histórico de acidentes em dias de chuva e onde ônibus precisam reduzir significativamente a velocidade.

Equipes do Corpo de Bombeiros informaram que o resgate exigiu trabalho cuidadoso para estabilizar as vítimas antes do transporte. Alguns hospitais locais precisaram mobilizar equipes de emergência e liberar leitos para receber os pacientes.

Por outro lado, entre veículos de imprensa houve informação desencontrada sobre o número exato de feridos. O Noticioso360 priorizou as comunicações oficiais — boletins da PRF, notas das corporações de resgate e balanços hospitalares — e cruzou esses dados com relatos de testemunhas para construir um panorama mais consistente.

Autoridades municipais também atuaram no apoio às famílias das vítimas, orientando sobre registros e encaminhamento de corpos, além de disponibilizar assistência social e psicológica às pessoas afetadas.

Possíveis causas e fatores contributivos

Especialistas em trânsito consultados pela redação afirmam que acidentes em trechos sinuosos quase sempre resultam de uma combinação de fatores: velocidade incompatível, falhas mecânicas, carregamento irregular e condições adversas da pista.

Peritos disseram que marcas de frenagem são determinantes para entender se houve tentativa de correção por parte do motorista. Da mesma forma, a análise do tacógrafo, quando presente, e de dispositivos eletrônicos do veículo pode indicar a velocidade praticada antes do tombamento.

Também será investigado se houve excesso de passageiros, má acomodação de bagagens ou problemas no sistema de suspensão que possam ter comprometido a estabilidade do ônibus em curva.

Conforme relatos locais, a pista tem pontos de declividade e curvas fechadas que exigem atenção redobrada de motoristas, especialmente em veículos de grande porte.

Impacto regional e respostas oficiais

O acidente provocou comoção nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Paranatama e Saloá. Prefeituras locais emitiram notas de pesar e anunciaram apoio às famílias das vítimas, incluindo orientações sobre trâmites legais e funerários.

A Secretaria de Saúde Estadual e hospitais da região confirmaram o recebimento de feridos e a necessidade de exames e cirurgias em alguns casos. Equipes de atendimento psicológico foram disponibilizadas para parentes das vítimas.

Em nota, a PRF informou que continuará prestando apoio técnico à investigação e que a rodovia seguirá com trechos sinalizados até a conclusão das perícias. A Polícia Civil não descarta a adoção de medidas administrativas e judiciais após o laudo pericial.

Por outro lado, organizações de transportes e sindicatos de rodoviários devem ser acionados para prestar esclarecimentos sobre manutenção e condições de trabalho dos motoristas envolvidos.

Recomendações e lições

Analistas de segurança viária apontam que casos como este reforçam a necessidade de fiscalização mais rígida em trechos de risco, manutenção preventiva de frotas e campanhas educativas sobre velocidade segura em estradas estaduais.

Além disso, especialistas defendem que gestores públicos revisem a sinalização e a infraestrutura de trechos com histórico de acidentes para reduzir a recorrência de tombamentos e colisões.

Por outro lado, medidas de curto prazo, como a ampliação de pontos de atendimento emergencial e melhor coordenação entre serviços de resgate, podem reduzir a gravidade das consequências em casos futuros.

Veja mais

Analistas apontam que o episódio pode acelerar revisões em trechos de risco e políticas de fiscalização até 2026.

Fontes

Conteúdo verificado e editado por Redação Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.