Polícia acha 12 crânios em apartamento nos Jardins

Polícia acha 12 crânios em apartamento nos Jardins

Achado em apartamento no Jardim Paulista

De acordo com levantamento do Noticioso360, que cruzou dados da Reuters, BBC e agências locais, a Polícia de São Paulo encontrou 12 crânios e diversos fragmentos ósseos humanos em um apartamento no bairro Jardim Paulista na manhã de sábado (18).

O imóvel, segundo registros obtidos pela reportagem, pertencia a um homem que morreu na segunda-feira anterior (13). A descoberta ocorreu durante vistoria no local pela Polícia Militar, que preservou o endereço até a chegada da perícia técnica.

Peritos do Instituto de Criminalística recolheram material e iniciaram procedimentos de identificação. Fontes ligadas à investigação informaram que, inicialmente, não foi possível identificar as vítimas nem determinar com precisão o tempo de sepultamento ou exumação dos restos.

Investigação e hipóteses em curso

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do caso. Entre as linhas de investigação está a hipótese de que os restos tenham sido removidos de cemitérios da capital.

“Serão necessários exames antropológicos, testes de DNA e confronto com registros de falecimentos e sepultamentos”, disse uma fonte da investigação ouvida pelo Noticioso360. Procedimentos padrão incluem ainda datação forense e verificação de eventuais sinais de manipulação das ossadas.

Investigadores também trabalham com diversas possíveis motivações: desde colecionadores com interesses mórbidos até comércio ilegal de material anatômico, rituais ou exumações irregulares realizadas por terceiros.

Preservação do local e perícia

Ao chegar ao imóvel, a Polícia Militar isolou a área para evitar contaminação das provas. Técnicos do Instituto de Criminalística realizaram a coleta de ossadas e de amostras para exames toxicológicos e genéticos.

Fontes oficiais informaram que as primeiras análises não permitem conclusões rápidas e que a identificação poderá depender de cruzamentos complexos com bases de dados de cartórios, cemitérios e registros hospitalares.

Além disso, a investigação busca esclarecer como os restos foram parar no apartamento e se houve conivência de funcionários de cemitérios, intermediários ou agências funerárias.

Contexto legal e possíveis crimes

Especialistas consultados pelo Noticioso360 lembram que crimes como violação de sepultura, receptação de material humano e associação para o comércio ilegal de partes anatômicas são tipificados no ordenamento jurídico e costumam envolver delegacias especializadas e atuação do Ministério Público.

“A investigação precisa provar a origem ilícita das ossadas para configurar crime relacionado a violação de sepultura”, explicou um criminalista. “Caso contrário, haverá dificuldade em apontar responsabilidade penal apenas pelo fato de restos humanos estarem em um imóvel particular.”

Por outro lado, a comprovação de venda ou trafico de material anatômico pode ampliar o alcance das apurações e demandar cooperação interestadual para rastrear fornecimento e compradores.

Repercussão pública e institucional

Casos dessa natureza costumam provocar comoção pública e provocar questionamentos sobre a fiscalização de cemitérios, a segurança de jazigos e a atuação de guardiões de cemitérios.

Autoridades de saúde e vigilância sanitária podem ser acionadas para garantir que o manuseio das ossadas obedeça a critérios de dignidade e biossegurança enquanto perduram as investigações.

Além disso, familiares de sepultados em jazigos antigos podem procurar delegacias para verificar eventuais desaparecimentos ou movimentações não autorizadas.

O que as perícias devem esclarecer

Os próximos passos técnicos passam por exames antropológicos detalhados, análises de DNA e datação forense que possam indicar idade dos restos e possíveis sinais de exumação recente.

Confrontos com registros necrológicos e de sepultamentos ajudarão a estabelecer se os crânios e fragmentos correspondem a corpos exumados de cemitérios paulistanos.

Também será investigada a cadeia logística que levou as ossadas ao apartamento — se houve transporte por terceiros, compra e venda, ou simplesmente acumulação por colecionadores.

Linhas de apuração e cautela

Fontes policiais ressaltam cautela na divulgação de informações para não atrapalhar as diligências. Até o fechamento desta reportagem, nenhuma pessoa havia sido indiciada nem houve confirmação oficial sobre a origem das ossadas.

Vários veículos trouxeram informações complementares sobre a quantidade e o tipo de ossos encontrados, enquanto outros enfatizaram o sigilo das apurações. Mas os fatos centrais — descoberta no apartamento, número reportado de 12 crânios e abertura de inquérito — foram corroborados por múltiplas fontes consultadas pelo Noticioso360.

Impactos e perguntas em aberto

Além das investigações criminais, o caso levanta questões sobre a proteção de cemitérios históricos, a necessidade de controle de acesso a jazigos e a fiscalização de profissionais que lidam com corpos e funerais.

Segundo especialistas, políticas mais rigorosas de inventário e monitoramento de túmulos antigos podem reduzir riscos de remoção indevida de restos e reforçar a confiança pública nas instituições responsáveis pelos sepultamentos.

Por outro lado, ainda não há elementos públicos que permitam estimar se o episódio encontrado no Jardim Paulista é um caso isolado ou parte de uma prática mais ampla e organizada.

Veja mais

Analistas apontam que o desfecho das perícias e possíveis medidas administrativas podem levar a mudanças nas normas de fiscalização de cemitérios municipais nos próximos anos.

Fontes

Conteúdo verificado e editado por Redação Noticioso360, com base em fontes jornalísticas verificadas.

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