Nos primeiros sete meses de 2025, registrou-se um aumento impressionante de 42,7% no número de currículos cadastrados por profissionais com mais de 60 anos, em comparação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Catho.
Esse salto demonstra uma mudança significativa: muitos idosos não apenas permanecem no mercado, mas também reinventam suas trajetórias profissionais para se adaptarem ao novo cenário.
Embora o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ofereça aposentadorias com teto máximo de R$ 8.000,00, muitos aposentados consideram esse valor insuficiente para manter seu padrão de vida. Como resposta, eles buscam continuar ativos no mercado para complementar a renda.
Esse movimento acompanha uma tendência global, onde a longevidade e a qualidade de vida aumentam, permitindo que pessoas acima dos 60 anos explorem novas possibilidades profissionais. A reinvenção vai desde cursos técnicos até retornos ao ensino superior, incluindo áreas inovadoras como tecnologia e marketing digital.
Um exemplo internacional marcante é o Japão, que enfrenta uma população envelhecida e valoriza grandemente o trabalho dos idosos, incentivando sua participação econômica por meio de programas de requalificação e flexibilidade laboral.
No Brasil, essa nova dinâmica valoriza a experiência dos mais velhos, vista como um diferencial em setores como consultoria, educação, saúde e serviços especializados. A presença desses profissionais contribui com conhecimento prático e maturidade, qualidades cada vez mais demandadas pelas empresas.
Além disso, a reinserção costuma ocorrer em formatos flexíveis — trabalho autônomo, contratos temporários ou meio período — o que facilita a conciliação entre vida pessoal e profissional.
Cidades com maior concentração de idosos ativos disponibilizam mais cursos, eventos e programas para qualificação, refletindo uma preocupação regional em manter o público 60+ engajado e produtivo.
Economicamente, essa nova postura movimenta o mercado consumidor e aumenta a oferta de mão de obra qualificada, estimulando o crescimento e a inovação em diversos setores.
Iniciativas governamentais e privadas têm acompanhado essa evolução, criando vagas específicas para profissionais idosos e promovendo programas de requalificação, para que essa parcela da população possa contribuir de forma significativa e satisfatória para a sociedade.
Assim, a aposentadoria deixa de ser um ponto final e se transforma em um recomeço, onde o trabalho é repensado e adaptado para trazer realização pessoal e sustento financeiro para muitos brasileiros na faixa dos 60 anos ou mais.
Fontes:
https://extra.globo.com

