China reage à ameaça de tarifa extra de 100% dos EUA

China reage à ameaça de tarifa extra de 100% dos EUA

China anunciou no dia 12 de junho que irá responder com medidas retaliatórias caso os Estados Unidos imponham uma tarifa adicional de 100% sobre seus produtos importados. A decisão americana intensifica a batalha comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

A tensão se acentuou depois que a China restringiu exportações de minérios críticos, incluindo elementos indispensáveis usados em tecnologia avançada, como as terras raras. Por sua vez, os EUA, liderados pelo então presidente Donald Trump, ameaçam elevar tarifas que já variam entre 10% e 25% em produtos chineses, num movimento sem precedentes.

O caso remonta a 2018, quando os Estados Unidos iniciaram uma guerra comercial adotando tarifas para proteger sua indústria e pressionar a China a mudar práticas consideradas injustas. Desde então, os conflitos comerciais e negociações vêm se alternando, mas nenhuma solução definitiva foi alcançada.

As terras raras, nas quais a China tem posição estratégica de liderança global, são essenciais para a fabricação de eletrônicos e equipamentos militares. Isso coloca Pequim em uma posição de vantagem na disputa comercial, podendo usar as restrições para pressionar os EUA economicamente.

Além das tradicionais tarifas sobre aço, alumínio, eletrônicos e têxteis, o aumento proposto para 100% significaria uma elevação drástica que pode abalar cadeias produtivas globais e elevar os custos para empresas americanas dependentes de insumos chineses.

Especialistas alertam que essa escalada pode impactar não só os mercados dos dois países, mas o comércio global como um todo, dada a interligação das economias. Assim, a situação permanece delicada e com repercussões para a economia mundial.

O Ministério do Comércio da China afirmou que acompanhará atentamente os desdobramentos e aplicará ações calculadas para proteger sua economia, inclusive considerando tarifas adicionais sobre produtos americanos essenciais para sua indústria.

Por ora, os Estados Unidos ainda não implementaram formalmente a tarifa de 100%. O cenário segue em aberto, com impactos que poderão refletir em toda a dinâmica do comércio internacional.

Curiosidade: A China domina aproximadamente 80% do mercado mundial de terras raras, minérios fundamentais para tecnologias modernas, o que confere ao país uma influência estratégica na indústria global.

Exemplo internacional: Semelhantes medidas protecionistas foram vistas na disputa comercial entre EUA e União Europeia, onde tarifas mútuas afetaram setores automotivos e agrícolas, destacando como as tarifas podem evoluir para conflitos econômicos mais amplos.

Enquanto isso, investidores e governos permanecem atentos aos próximos capítulos dessa disputa que segue influenciando a economia global.

Fonte: CNN Brasil

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